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Mais de 40 organizações assinam manifesto por Bruno e Dom

“Três anos sem Bruno e Dom” é lançado em memória do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, assassinados em 2022 no Vale do Javari

05.06.2025 - Atualizado 06.06.2025 às 09:22 |

DO OC – Nesta quinta-feira, 5 de junho, mais de 40 organizações indígenas e socioambientais, entidades de imprensa e da sociedade civil lançaram o manifesto “Três anos sem Bruno e Dom”, em memória do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, assassinados em 2022 no Vale do Javari.

O texto foi organizado pela Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), com apoio da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Instituto Dom Phillips.

“Bruno e Dom estão presentes em quem protege as florestas, no silêncio resistente de quem cuida da terra, no gesto de cada um que, mesmo diante do medo, escolhe a coragem”, aponta o documento.

Observatório do Clima, o Instituto Socioambiental (ISA), o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI), o Instituto Raoni e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) estão entre os signatários.

O manifesto cobra ações concretas, urgentes e transformadoras para proteger os guardiões da floresta, em especial os povos indígenas. Ao lembrar Bruno Pereira e Dom Phillips, amplia a homenagem a outros nomes fundamentais na luta pela preservação da Amazônia e dos direitos humanos, como Chico Mendes, Dorothy Stang, Mãe Bernadete, Maxciel Pereira dos Santos, Emyra Wajãpi e Ari Uru-Eu-Wau-Wau — todos mortos em contextos de conflito ambiental ou de defesa dos direitos indígenas.

“Hoje recordamos com dor, mas também com orgulho. Porque o que eles fizeram não foi em vão”, afirma o documento.

Familiares, ativistas e organizações cobram respostas do Estado e garantias de não repetição desse tipo de crime, além de justiça pelos assassinatos. Para os povos do Vale do Javari, o compromisso é claro: a floresta ficará de pé.

O manifesto reafirma a permanência simbólica e política dos ambientalistas: “Bruno e Dom estão presentes em cada palavra livre, em cada reportagem corajosa, em cada ato de resistência, em cada defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de imprensa.”

(Com informações da Univaja e da Abraji)

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